Cidades

Cecília Ferramenta integra comissão para recuperação do rio Doce

IPATINGA – A prefeita de Ipatinga, Cecília Ferramenta, vai integrar a comissão nomeada pelo governador de Minas, Fernando Pimentel, para coordenar todas as iniciativas para a recuperação bacia do Rio Doce. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (19), durante encontro no Palácio da Liberdade, na capital mineira.
Um decreto será publicado no “Minas Gerais” para oficializar a criação do grupo. Ele será coordenado pelo secretário de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, Tadeu Martins Leite, e terá a participação das pastas de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Defesa Civil, Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) e Advocacia Geral do Estado (AGE).

Segundo o governador, neste momento, a intenção é levantar as perdas econômicas e ambientais de forma conjunta, para “evitar a fragmentação das ações”. “Nós estamos entrando na fase mais estrutural do problema. Agora temos de cuidar da recuperação do Rio Doce, do ressarcimento das perdas ocorridas, das indenizações”, destacou Pimentel durante o encontro. “Agora, a questão de valor, toda a responsabilidade é da empresa, da Samarco. Então, é ela quem vai arcar com esse prejuízo”, completou.

AÇÃO ESTRATÉGICA

Para a prefeita Cecília Ferramenta, a prioridade nesse momento é a atenção às vítimas da tragédia e a diminuição dos impactos ao meio ambiente. Porém, ela destaca que é preciso desde já começar a definir ações voltadas para o futuro, pensando na recuperação do Rio Doce e seus afluentes.

“Esse trabalho passa, por exemplo, pela proteção de nascentes e dos afluentes do Rio Doce, que terão papel fundamental na recuperação de toda a vida nessa grande bacia hidrográfica, que foi drasticamente atingida pela queda da barragem. Agindo conjuntamente alcançaremos melhores resultados num prazo menor”, analisa a prefeita de Ipatinga. Cecília Ferramenta ressalta que a tragédia traz também impactos econômicos diretos e indiretos, que deverão ser analisados para responsabilização da empresa. “Pescadores estão sem poder exercer suas atividades, e não se sabe por quanto tempo ainda deverão permanecer assim. Empresas, como a Cenibra, tiveram de paralisar suas atividades, gerando prejuízos ainda incalculáveis para uma grande cadeia produtiva. Quantos fornecedores tiveram que adiar produção ou mesmo receberam cancelamento de encomendas? E o comércio nas cidades atingidas, qual o real valor desse prejuízo?”, questiona a prefeita.

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