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Câmara de Timóteo aprova reajuste salarial a vereadores

Créditos da foto: Diário Popular

TIMÓTEO – A Câmara de Vereadores de Timóteo realizou na manhã desta quarta (14), a primeira das três sessões plenárias para apreciação, discussão e votação importantes propostas de leis. Com um princípio de tumulto, o Sindicato dos Servidores Públicos de Timóteo – SINSEP tentou argumentar com a Mesa Diretora a retirada de pauta do Projeto de Resolução nº 430/2016 que indicava uma recomposição aos salários dos vereadores da ordem de 11,28%, retroativo ao último mês de janeiro.

O presidente da Casa Legislativa, vereador Moacir de Castro, após as leituras de pareceres de comissões, suspendeu a sessão por 10 minutos – atendendo solicitação dos servidores, para que o presidente do SINSEP, Israel dos Passos Arcanjo, pudesse se posicionar em nome da categoria. 

PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO
Taxando a resolução de “prêmio” de consolação para os vereadores derrotados na última eleição, o sindicalista Israel Arcanjo garantiu que a entidade iria denunciar a Câmara Municipal no Ministério Público, caso a matéria fosse aprovada. “O sindicato concorda com a recomposição, desde que não seja retroativo”, pontuou o sindicalista, sugerindo que a votação pudesse contemplar também os servidores da Câmara Municipal. 

Para esclarecer a situação, o presidente da Câmara, vereador Moacir de Castro, informou que a recomposição salarial dos vereadores com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – INPC/IBGE é um direito votado pela legislatura passada. “O salário do agente político é corrigido anualmente pela inflação, sendo que isto ocorre em todas as legislaturas, 2009/10/11/12/13/14/15/16, e permanecerão assim nos próximos quatro anos, pois já foi votado por esta legislatura antes da eleição de outubro”, argumentou. 

“DEVER DE CASA”
O vereador José Constantino Filho, o Coronel, além de defender a aprovação da resolução, revelou para os servidores presentes e para a direção do Sindicato que os vereadores contribuíram o ano inteiro para que pudessem ter o direito na recomposição, que deveria estar sendo paga de mês a mês, desde o último mês de janeiro.

“Fizemos o dever de casa, economizando em todos os setores, para garantir o nosso direito neste fim de ano. Somos trabalhadores. Estamos sendo penalizados porque fizemos o dever de casa”, justificou o vereador, destacando que se a mesma consciência econômica tivesse sido colocada em prática na Prefeitura, com certeza os servidores estariam em uma situação muito melhor. Além do vereador Coronel, também discursou pela aprovação da recomposição salarial o vereador Adriano Alvarenga (PMB). 

CONTRA

Já o vereador Douglas Willkys (PSB), antes do início da sessão, protocolou no gabinete da presidência um documento abrindo mão do recebimento da recomposição, caso a matéria fosse aprovada. Fizeram coro com o vereador Douglas, os vereadores Fábio Campos Binha (PSB), José Vespasiano Vespa (REDE) e Guaraciaba Gomes Martins (PMDB). Após votação única, o Projeto de Resolução nº 430/2016 foi aprovado por 10×4.


Documento protocolado pelo vereador Douglas Willkys (PSB) abrindo mão da recomposição

OUTRO
O Projeto de Lei 3.976/2016, de autoria do prefeito Keisson Drumond, já denominado de “pedalada”, que pede o remanejamento de R$ 3.5 milhões oriundo da taxa de iluminação, para o pagamento do 13º salário dos servidores públicos municipais, foi aprovado por 12×2, com os votos contrários dos vereadores Douglas Willkys e Fábio Campos Binha – os vereadores observaram inconstitucionalidade na proposta. O projeto da pedalada volta a plenário nesta quinta-feira (15) para segunda votação.

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