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Brasil vai abrir 12 mil vagas de residência médica até 2017

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde anunciou ontem (25) que até 2017 irá abrir 12 mil vagas de residência médica em todas as especialidades. A medida visa a ampliar o número de especialistas e zerar o déficit da residência médica em relação ao número de formados em medicina. As primeiras 4 mil vagas serão criadas até 2015.

A ampliação iguala o número de vagas de residência médica ao de postos na graduação. Na residência, o profissional se especializa em uma área médica como, por exemplo, cardiologia e pediatria. “A meta é chegar em 2018 com perspectiva de uma vaga de residência para cada médico formado no Brasil”, disse o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales.

INVESTIMENTOS
A medida integra o conjunto de ações do ministério para melhorar a saúde pública no país e faz parte do pacto anunciado anteontem (24) pela presidenta Dilma Rousseff em resposta às reivindicações surgidas nas manifestações nos últimos dias.

As medidas serão acompanhadas de um investimento anual de R$ 80 milhões em hospitais e unidades de saúde que expandirem programas de residência e R$ 20 milhões para infraestrutura, como reforma e estruturação de laboratórios e bibliotecas e também para aquisição de material permanente. Mais R$ 60 milhões serão destinados à manutenção dos programas de residência e formações dos profissionais que irão orientar os residentes.

MAIS MÉDICOS
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os investimentos na área de saúde vão abrir nos próximos anos 35 mil postos de trabalho. “Não existe estratégia única para enfrentarmos o problema de levar mais médicos para perto da população”, disse. O ministro reforçou que, mesmo assim, será preciso contratar médicos estrangeiros para suprir a demanda por profissionais. “O Brasil precisa formar mais médicos e formar mais especialistas. Isso demora sete, oito anos, enquanto isso precisamos atrair médicos estrangeiros.O edital que estamos construindo chama médicos brasileiros e as vagas que eles não preencherem vamos chamar os estrangeiros”, explicou.


SUS terá 35 mil vagas para médicos até 2015
Brasília
– Até 2015, serão criadas 35 mil vagas para médicos no Sistema Único de Saúde (SUS), informou ontem (25) o Ministério da Saúde. De acordo com a pasta, os postos serão abertos com investimentos do Ministério da Saúde. O número pode crescer com as verbas na área aplicadas pelos estados e municípios para ampliar a rede de atendimento.

Para preencher as vagas, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que é preciso formar mais médicos no país e também citou a contratação de médicos estrangeiros como alternativa. “O Brasil precisa de mais médicos, e mais médicos especialistas como pediatras, psiquiatras, anestesiologistas”, disse. Em entrevista coletiva, o ministro anunciou a abertura de 12 mil vagas de residência médica até 2017.

O ministro divulgou também um balanço do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), que estimula a ida de médicos para o interior do país e tem, atualmente, 3,5 mil profissionais atuando na atenção básica à saúde. O programa destinou 39% dos profissionais para a periferia das capitais e regiões metropolitanas, 28% para zonas rurais e com índices de pobreza intermediária e elevada, 10% para municípios com mais de 100 mil habitantes e 22% para a periferia de cidades do interior de porte médio.

Governo vai contratar médicos estrangeiros
Brasília
– O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que pretende lançar ainda este ano o edital para atrair médicos estrangeiros para trabalhar em regiões pobres e no interior do país. Os profissionais estrangeiros vão passar por treinamento durante três semanas em universidades brasileiras para avaliar a capacidade de se comunicar em língua portuguesa e as habilidades em medicina. Só após o treinamento começarão a atender os pacientes. Padilha reforçou que os profissionais atuarão apenas na atenção básica a saúde e pelo período de três anos.

“É mais fácil e rápido treinar um médico em português do que ficar anos esperando formar um profissional. A língua não é um obstáculo intransponível como as pessoas querem colocar. Temos mais de 700 municípios que têm escassez crítica de médicos e mais de 400 que não têm sequer um médico que reside no local”, argumentou.

Segundo Padilha, os estrangeiros irão ocupar as vagas que não forem preenchidas pelos brasileiros. “O edital que estamos construindo chama médicos brasileiros e o que eles não preencherem, vamos chamar estrangeiros. Só traremos estrangeiros para as vagas não preenchidas pelos brasileiros”, disse.
O ministro informou que após a adesão de estados e municípios ao edital será possível ter a dimensão da quantidade de médicos necessária.

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