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Bolsonaro terá que depor pessoalmente sobre suposta interferência na PF

Foto: O ministro Celso de Melo indeferiu o pedido para o presidente depor por escrito – Crédito: STF

(DO EL PAÍS) – O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira negar o pedido feito pelo presidente Jair Bolsonaro para depor por escrito no inquérito que apura uma suposta tentativa de interferência na Polícia Federal para evitar o andamento de investigações contra sua família. Dessa forma, Bolsonaro terá que ir pessoalmente responder as perguntas dos investigadores —embora possua o direito constitucional de se manter em silêncio, conforme ressaltou o ministro em sua decisão. A data e o local do depoimento ainda deverão ser determinadas pela Polícia Federal, informa Marcelo Cabral.

De acordo com o ministro, o presidente só teria o direito de responder por escrito caso fosse vítima ou testemunha. No entanto, como investigado, ele não dispõe dessa prerrogativa.    

O inquérito foi aberto em abril, tendo como base as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, ao deixar o cargo, e levou à divulgação do vídeo da reunião ministerial em que teria sido anunciada a tentativa — negada por Bolsonaro — de interferência na PF. Pela decisão de Mello, a defesa de Moro poderá acompanhar o interrogatório e terá o direito de fazer perguntas ao presidente.  

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