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Bolsonaro atende siderurgia e pede a Trump revisão de cota para aço brasileiro

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro disse que pediu, em telefonema com o presidente norte-americano, Donald Trump, que seja aumentada a cota de produtos semiacabados de aço a que o Brasil tem direito de exportar aos Estados Unidos sem sobretaxas.

O próprio presidente revelou o pedido em entrevista na frente do Palácio da Alvorada, na noite de terça-feira, mas não deu detalhes.

“Uma parte do aço, uma das fases do aço, eu acho que interessa ao americano que amplie a cota. É bom para os dois países”, disse Bolsonaro, contando sobre o telefonema a Trump. “Não aprofundei o assunto, falei por alto, e espero uma próxima visita, tão logo seja … ele deu ok, eu preciso ir aos EUA tratar de alguns assuntos lá, com a minha equipe, e tenho muita esperança de ter resolvido o problema do aço brasileiro.”

Não existe programação de nova viagem aos EUA – seria a quinta desde que Bolsonaro assumiu a presidência – e, no momento, as ligações aéreas entre Brasil e Estados Unidos estão fechadas dada a epidemia do novo coronavírus.

SETOR SIDERÚRGICO

Na terça-feira, Bolsonaro se reuniu com representantes do setor siderúrgico, entre os quais o presidente da Usiminas, Sérgio Leite, que também é presidente do Conselho do Instituto Aço Brasil. Leite já havia adiantado que Bolsonaro já havia encaminhado uma conversa com o líder norte-americano, Donald Trump, a respeito das barreiras impostas ao aço nacional. Na reunião, segundo ele, os ministros se mostraram abertos às propostas levadas pelas siderúrgicas, como o aumento da oferta de crédito para as companhias e também seus clientes e fornecedores. “A exportação é uma das melhores alternativas que temos no momento para aumentarmos a produção nas usinas e podermos manter empregos e a geração de tributos. Um apoio do governo federal no sentido de reduzir as barreiras protecionistas é fundamental para aumentarmos as vendas externas e, por consequência, o desempenho da nossa indústria do aço”, disse Sérgio Leite.

Um dos pedidos foi justamente para que o presidente conversasse com Trump para flexibilizar o sistema de cotas no qual o aço brasileiro está inserido desde 2018, quando o governo norte-americano decidiu sobretaxar a importação de aço.

Inicialmente, o Brasil seria atingido diretamente pela sobretaxa, mas uma negociação à época permitiu a criação da cota de isenção. No ano passado, Trump anunciou mais uma vez que recolocaria a taxa, mas o Brasil ficou novamente de fora, mantendo a cota.

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