Cidades

Bilionário, Lirio Parisotto assume o controle da Usiminas

SP – Filho de imigrantes italianos, Lirio Parisotto, 61, dono de uma fortuna de US$ 1,6 bilhão (de acordo com a revista Forbes, ele é o 29° homem mais rico do Brasil), na semana passada, tomou o controle da Usiminas. Em um dos movimentos mais ousados do mercado de capitais brasileiro, o bilionário, que detém só 4% dos papéis da siderúrgica, elegeu seu aliado, Marcelo Gasparino, presidente do conselho de administração.

Nos últimos meses, a dupla visitou fundos de investimento em busca de apoio. Eles queriam aproveitar a briga entre os controladores, os japoneses da Nippon e os ítalo-argentinos da Ternium, para mudar a Usiminas.
Nas vésperas da assembleia de acionistas, que foi marcada por acusações, Parisotto chegou a se reunir até com seu “inimigo” na empreitada, André Esteves, dono do BTG. O banco também indicou um nome para a presidência do conselho.
Parisotto pediu o apoio de Esteves. O banqueiro disse que não desistiria, relata o empresário gaúcho, mas ofereceu vender toda a sua participação para ele desde que com um belo lucro. Não houve acordo.

Os minoritários responderam ao apelo de Parisotto para tentar recuperar o prejuízo. As ações da Usiminas, que chegaram a R$ 42 em 2008, hoje valem R$ 4,85, arrastadas pela crise do setor e pela briga interna entre os sócios.
“Temos um mandato-tampão e a missão é paz e amor”, diz Parisotto, que já foi seminarista, gerente de recursos humanos, bancário, médico e comerciante, à Folha de São Paulo. “É como um casal. Os controladores têm três opções: separar os bens [a Usiminas tem duas usinas], sair do relacionamento ou se entenderem.”

 FOLHA DE SÃO PAULO/EBC

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