Cidades

Bens do tráfico são arrematados

No auditório, cerca de 200 pessoas estavam presentes, além dos que participaram do leilão pela internet    (Crédito: Bernardo Carneiro/Seds)

 

BH – Foram vendidos nesta quarta-feira (17) 92 lotes de carros de passeio, carretas e motos que eram utilizados no tráfico de drogas ou na lavagem de dinheiro em Minas Gerais. Os R$ 219.600,00 arrecadados serão destinados ao tratamento de dependentes químicos e atividades policiais de combate ao tráfico de drogas.
O subsecretário de Políticas Sobre Drogas (Supod), Cloves Benevides, destaca a importância da descapitalização dos bens do tráfico e do quanto significa a destinação da verba arrecadada. “Este tipo de leilão tem uma dimensão simbólica muito grande, pois o que antes era usado para a destruição de vidas será revertido em tratamento e combate ao tráfico de drogas”.
Somente seis peças não foram adquiridas e no auditório havia cerca de 200 pessoas, sendo que no início do leilão estavam online 178 internautas, e vários deles participaram com lances e arremates.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), por meio da Subsecretaria de Políticas Sobre Drogas (Supod), participou do evento sob a forma de cooperação técnica, juntamente à Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) do Ministério da Justiça. Todos os bens integravam processos nos quais os réus foram condenados e os veículos perdidos em favor do Governo Federal. Do valor total arrecadado 20% vai para o Fundo Nacional Antidrogas (Funad) e 80% para o fortalecimento de políticas sobre drogas do Estado.
O presidente da Comissão Especial de Licitação da Senad, Amilcar Barbosa Cintra, explica que o evento integra as ações do Ministério da Justiça e das Políticas Sobre Drogas em Minas Gerais e vários outros estados como Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará, Amazonas e Distrito Federal já realizaram leilões de bens do tráfico.
O subsecretário Cloves Benevides revela que já estão andamento as negociações para um leilão de bens móveis do tráfico, como apartamentos, casas e propriedades rurais.

PÚBLICO
“É muito difícil alguém comprar um carro em leilão para uso próprio, acredito que 95% dos compradores sejam investidores e este é o meu caso”, conta Paulo Amorim, 35 anos, interessado em uma pick-up.
O mecânico Nivaldo José da Silva, 49 anos, estava em busca de sucatas para retirar peças e consertar carros fora de linha. “Já encontrei aqui alguns clientes. É um negócio interessante, mas requer experiência e muito conhecimento do mercado”.
Em Minas Gerais já foram realizados três leilões deste tipo, nos anos de 2005, 2006 e 2009, os quais arrecadaram mais de 1,5 milhão de reais. Para o ano de 2013 estão programados dois leilões, um no primeiro semestre e outro no segundo.

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