Policia

Bandidos explodem mais um caixa eletrônico no Vale do Aço

Caixa eletrônico em Fabriciano foi o sétimo destruído somente este ano no Vale do Aço    (Fotos: Gizelle Ferreira)


FABRICIANO
– Mais uma explosão a caixa eletrônico foi registrada no Vale do Aço. Desta vez, o alvo dos criminosos foi um terminal instalado em frente ao prédio da Prefeitura Municipal, na praça Louis Ensch, no Centro. No local, rastros de destruição provocada por detonadores e vários estilhaços de vidros espalhados pelo chão. Os terminais ficaram com as frentes completamente destruídas.

Apesar disso, nenhum dinheiro foi levado. A ação dos bandidos foi percebida por um vigilante que estava próximo. Após ouvir o estrondo, o vigia acionou a polícia informando que após a explosão dois indivíduos fugiram em duas motos.
Durante o rastreamento, foram localizadas duas motocicletas abandonadas próximo à linha férrea de Timóteo e apreendidas. Suspeita-se que as duas motocicletas apreendidas – uma Honda Falcon preta, placa HCT-1834, e uma Yamaha XTZ azul, placa HBI-6037, sejam as usadas pelos criminosos na fuga.

Um gerente da instituição financeira esteve no local e constatou que nenhum dinheiro foi levado. Na manhã de ontem, empregados da companhia de seguros também estavam no terminal avaliando os estragos causados pela explosão.

EXPLOSÕES
Este é o sétimo caso de arrombamento ou explosões de caixas eletrônicos registrado no Vale do Aço somente este ano. Na maioria deles, os criminosos não conseguem levar o dinheiro, mas a consequência da detonação pode muitas vezes não ter volta.

Em vários locais onde já foi registrado esse tipo de ocorrência, os terminais danificados não foram substituídos e os mais prejudicados com isso são os usuários de serviços bancários.
Foi o que aconteceu ontem à tarde com o pintor Gleidson Rodrigues Rosa, 34 anos. Ele saiu do bairro Bom Jardim para fazer um saque em posto bancário anexo ao pátio da Suplan, no bairro Cidade Nobre, mas ao chegar ao local deparou com tudo destruído.

Os terminais foram explodidos há quase um ano e até hoje não foram trocados por novos. Na porta, um aviso: “O caixa não está funcionando”. “Deveriam fazer um meio de deixar os caixas mais seguros. Agora o lugar mais próximo é na agência do bairro Canaã ou no Iguaçu”, reclamou o pintor.

O mesmo acontece no bairro Ideal. Em frente ao Supermercado Consul, havia um terminal bancário. Depois de ter sido detonado por bandidos no dia 5 de janeiro deste ano, até hoje o equipamento não foi substituído. “Infelizmente, a gente está tendo que conviver com este tipo de coisa, até que alguém faça alguma coisa. O que ia adiantar também colocar outro terminal e explodirem de novo?”, questiona o aposentado Geraldo Nunes dos Santos, 67 anos, morador do bairro Ideal.

SUBSTITUÍDOS
O presidente da Associação Comercial de Ipatinga, Gustavo de Souza, explicou que não há uma orientação por parte da entidade para que as instituições não façam a substituição dos equipamentos danificados. “Damos a liberdade para o empresário fazer o que for melhor para ele”, disse Gustavo.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que também não existe uma orientação para que os bancos deixem de fazer a troca dos equipamentos. Mas trabalha em parceria com governos, Polícias (Civil, Militar e Federal) e com o Poder Judiciário, para combater os crimes e propor novos padrões de proteção.

Ainda conforme a Federação, os bancos seguem a Lei Federal nº 7.102/83. Pela lei todos os estabelecimentos bancários são obrigados a submeter à Polícia Federal um plano de segurança para que possam funcionar. Aprovado o plano, são instalados todos os equipamentos de segurança e mobiliário da agência, como os caixas, os caixas eletrônicos, o posicionamento das câmeras de segurança, dos vigilantes, as portas de segurança, dependendo do caso.

Ainda pela legislação, cada instituição financeira determina os padrões de segurança para suas agências. “Nos casos de assaltos e arrombamentos que usam força desproporcional, com armamentos pesados, de elevado poder de destruição, a ação de segurança permitida pela legislação aos estabelecimentos comerciais e bancos é insuficiente frente à violência empregada. Exige um conjunto de ações no âmbito da segurança pública, com as quais a Febraban e os bancos associados estão comprometidos em dar sua contribuição”, finaliza o comunicado.

Caixas destruídos nos bairros Cidade Nobre e Ideal: após as detonações, novos equipamentos não foram instalados

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