Policia

Autor de tiroteio no ‘Sal e Brasa’ vai ficar mais tempo na cadeia

Reprodução InterTV dos Vales

IPATINGA
– O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) aumentou para nove anos a pena de Laidesson Matheus do Nascimento Costa, conhecido como “Lalá”. No ano passado o réu foi condenado a quatro anos, nove meses e 18 dias de prisão, por dupla tentativa de homicídio, ocorrida no bar Sal e Brasa, bairro Cidade Nobre, no dia 13 de maio de 2013. À época do julgamento, o Ministério Público, por meio do promotor Bruno Giardini, recorreu da decisão por achar que a condenação foi pequena.

O acórdão da decisão julgado pela 4ª Câmara Criminal foi publicado nesta quarta-feira (2) no site do Tribunal de Justiça. A nova pena aplicada para os atentados foi de seis anos. Somente em uma das tentativas de homicídio, o desembargador Júlio Cézar Gutierrez aumentou mais um ano. O magistrado considerou ainda a gravidade dos disparos em via pública e acrescentou mais dois anos e 10 meses à pena do condenado, totalizando, nove anos e 10 meses de prisão em regime fechado.

ENTENDA O CASO
Lalá foi julgado por uma dupla tentativa de homicídio com duas qualificadoras, motivo fútil e fator surpresa. O réu foi condenado nos termos da denúncia, conforme solicitado pelo MP, não sendo acolhida nenhuma das teses de defesa. Porém, o juiz retirou as duas qualificadoras, sendo Lalá condenado somente por duplo homicídio simples.

“Entendemos que, por se tratar de um crime de grande repercussão, um tiroteio em um estabelecimento, com tantas pessoas envolvidas, Laidesson deveria ter sido condenado a pelo menos 12 anos de prisão. Porém, não foi a percepção dos jurados. Vamos recorrer da decisão, quero aumentar essa pena em pelo menos mais 9 anos”, informou o promotor à época.

Ontem, após a decisão ter sido publicada, o promotor comentou que “a nova pena agora é justa e estava dentro daquilo que a nós queríamos. A condenação anterior não chegou nem perto de se fazer justiça”, disse.

O CRIME
Uma discussão em um bar, em abril de 2013, levou Laidesson Matheus a julgamento. Dentre os envolvidos na briga, apenas “Lalá” sentou no banco dos réus. Segundo investigou a polícia, tudo começou quando um colega de Lalá foi expulso do ambiente por estar importunando uma cliente.

Consta que um policial militar presente no bar notou que o amigo do acusado estava perturbando a moça. Para tentar resolver a situação, o militar acionou os seguranças do local, que retiraram o amigo de Lalá de dentro do estabelecimento.

Ao saber do atrito com o colega, Lalá foi tirar satisfações com o segurança do bar. O policial, que ainda estava no local, acabou entrando em atrito com o acusado, que o agrediu e o desarmou, conforme ficou apurado nos autos e gravado em imagens de câmera do circuito interno.

Na sequência, vários disparos foram efetuados dentro do estabelecimento. Depois disso, Lalá teria efetuado outros tiros em via pública. Uma testemunha chegou a gravar imagens, documentando três disparos. Na briga duas pessoas ficaram feridas.

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