Cidades

Audiência pública debate violência contra a mulher

A deputada estadual Rosângela Reis é uma das autoras do requerimento que deu origem ao evento realizado na ALMG

 

BH – A deputada estadual Rosângela Reis (PV) é uma das autoras do requerimento que deu origem à audiência pública que será realizada na Assembleia, no dia 17 de abril, a partir das 14h30. O objetivo do evento é contextualizar a situação de violência contra a mulher em Minas e no Brasil, além de expor a política de enfrentamento à violência e de atenção à mulher vitimizada.
Após a abertura, será destinado espaço à exposição de Marlise Matos, professora adjunta do Departamento de Ciência Política e coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Mulher da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Eliana Piola, coordenadora especial de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese); e Márcia de Cássia Gomes, Superintendente do Consórcio Mulheres das Gerais.
A partir das 16 horas, será feito debate com a participação das seguintes especialistas: Maria Izabel Ramos de Siqueira, presidente do Movimento Popular da Mulher; Maria Cristina Leão, técnica judiciária do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais; Margaret de Freitas Assis Rocha, chefe da Divisão da Mulher, Idoso e Portador de Deficiência da Polícia Civil de Minas Gerais; Maria Helena Diniz, presidente do Movimento do Graal no Brasil; e Jovita Levi Ginja, presidente do Conselho Estadual da Mulher.
Já a partir das 17 horas, as participantes do evento e demais pessoas interessadas poderão fazer suas considerações finais. “Essa audiência pública terá grande importância porque, além das informações relevantes que teremos, o trabalho da comissão ficará mais produtivo e efetivo na proteção das mulheres vítimas de violência”, afirma Rosângela Reis. Também foram autores do requerimento os deputados Dalmo Ribeiro Silva, Luzia Ferreira, Liza Prado (PSB) e Doutor Viana (DEM).

NÚMEROS
O cenário atual da violência contra a mulher preocupa. Por exemplo, a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), um serviço nacional que recebe denúncias ou relatos de violência, registrou durante o ano de 2011, mais de 667 mil atendimentos. Desse total, 74.984 referiam-se a denúncia de violência contra a mulher, sendo que 61,28% dos casos eram de agressão física, 23,99% de violência psicológica e 10,90% de violência moral. Os casos restantes envolviam cárcere privado, questão patrimonial, abuso sexual e até tráfico de mulheres.
A realidade em Minas Gerais é condizente com o quadro nacional. Há 18 centros de referência da mulher em todo o estado e, somente o Centro Risoleta Neves, que é localizado no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, realizou 1.578 atendimentos de cunho psicossocial e jurídico durante o ano de 2011.

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