Cidades

Audiência debate Apacs na região

O presidente da Apac de Ipatinga explica que a primeira dificuldade é a obtenção de um imóvel

 

IPATINGA – Com a presença do juiz Luiz Carlos Rezende Santos, coordenador do projeto Novos Rumos, os representantes das Apacs de Coronel Fabriciano, Ipatinga e Timóteo se reuniram ontem (12) em audiência pública. O objetivo do encontro foi debater a questão das unidades da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) a serem instaladas no Vale do Aço.
As Apacs funcionam como um método que visa humanizar o cumprimento das penas. O sistema é dedicado à recuperação e reintegração social dos condenados a penas privativas de liberdade. E o trabalho baseia-se em um método de valorização humana vinculada à evangelização. O índice de ressocialização chega aos 90%.
Na região, o que dificulta a implantação do método é a falta de um imóvel. Nenhuma das três cidades conta com um local para instalação da entidade.
“Não temos nenhuma novidade por enquanto. A questão é que os presidentes precisam ter um projeto dessas Apacs, de onde vai ser, como vai ser e qual o local. Todos os problemas existentes são superáveis”, considerou Luiz Carlos.
Além da falta de terreno, a falta de investimento na construção também é um agravante. “A expectativa é que consigamos construir a Apac sem a ajuda do município ou do Estado. Tivemos sugestão que um imóvel fosse alugado, mas isso também é complicado porque não é fácil achar um imóvel que possa ser modificado para instalar a unidade”, informou Luiz Fernando Costa, presidente da Apac de Ipatinga.
O Estado não fornece verba para que os municípios construam unidades da Apac – o custo de uma unidade passa de R$ 2 milhões. Em contrapartida, um presídio comum não sai por menos de R$ 15 milhões.

PRESÍDIOS

O juiz Luiz Carlos Rezende Santos realizou mais uma visita aos presídios dos municípios do Vale do Aço. A ação faz parte de um trabalho contínuo realizado pelo magistrado, que é gestor do movimento prisional de Minas aGerais.
Luiz Carlos afirmou ter constatado o principal problema vivido pelas unidades prisionais na atualidade: a superlotação. “O que encontrei nos presídios não é nenhuma novidade. Todos estão superlotados, como já é de conhecimento das pessoas. E existe sim uma necessidade de ampliação das unidades prisionais”, afirmou Luiz Carlos.
Mas, de acordo com ele, melhorias foram encontradas nos presídios. “Eu também pude conferir algumas melhorias nas cadeias. A situação de Timóteo, por exemplo, está bem melhor que antes. E em Ipatinga não encontrei mais nenhum menor na prisão. Além de ter uma quantidade menor de mulheres e também os presos condenados estão separados dos presos provisórios”, revelou o magistrado.
O juiz informou ainda que fará um relatório sobre a visita.

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