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Ato contra PEC do Teto é reprimido com violência em Brasília

BRASÍLIA – Estudantes realizaram protesto nesta terça (29), na Esplanada dos Ministérios, contra a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição 55, a chamada PEC do Teto, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Os manifestantes foram duramente reprimidos por forte aparato policial, recebendo um tratamento bem diferente dos fascistas que invadiram e depredaram o plenário da Câmara dos Deputados, sem que nada fosse feito.

O grupo reuniu-se no Museu Nacional e caminhou até a frente do Congresso Nacional. Ao chegar ao gramado do Congresso, houve tumulto e confronto entre os manifestantes e a polícia. A organização estima a participação de 15 mil pessoas, já a Polícia Militar do Distrito Federal diz que cerca de 10 mil participam do ato.

REPORTAGEM

O conflito se intensificou quando um grupo de manifestantes virou um carro de reportagem estacionado próximo à rampa do Congresso. A polícia reagiu disparando bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Houve confronto e os policiais dispersaram parte dos manifestantes, que saíram correndo no gramado em frente ao Congresso. Um grupo de deputados da Comissão de Direitos Humanos dirigiu-se ao local para tentar intermediar a negociação, mas não obteve sucesso. Um forte aparato policial conseguiu afastar a maioria dos manifestantes, que seguiram rumo à Catedral e foram “empurrados” pela PM em direção à Rodoviária de Brasília.

O arquivamento da PEC 55 é uma das principais pautas das ocupações de instituições de ensino que ocorrem em várias cidades do país e também da greve de docentes das universidades. Os estudantes organizaram caravanas para vir à capital, com mais de 300 ônibus. Antes de caminhar até o Congresso, eles fizeram um ato em frente ao Ministério da Educação (MEC).


Temer volta a defender cortes


BRASÍLIA
– O presidente Michel Temer voltou a defender a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que cria um limite para os gastos públicos, e que gostaria de ter o máximo de dinheiro para gastar em sua gestão.

“Precisamos saber de certas questões a serem enfrentadas agora para a sobrevivência daqueles que virão depois”, disse o presidente. “Qual é o governante que não gosta de gastar? Eu gostaria, como presidente da República, de ter a burra cheia e distribuir, ministro Meirelles [da Fazenda]. O ministro Meirelles não gostaria não, mas eu gostaria. Eu gostaria de dizer: olha aqui, agora tem o programa tal e agora tem o programa tal, mas agora isso não é possível”, acrescentou em discurso na cerimônia de entrega do Prêmio Mérito Brasil de Governança e Gestão Pública, oferecido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo o presidente, a Reforma da Previdência e a PEC, que tramita no Senado, representam um corte “na própria carne” do governo federal. “Estamos trabalhando para garantir o futuro do país. Caso contrário, em 2024 o país vai à falência como tem acontecido com vários estados brasileiros”, disse, destacando que o governo até o momento não teve “nenhuma derrota sequer no Legislativo”.

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