Cidades

Ato contra a Reforma da Previdência é realizado em Ipatinga e Belo Oriente

Trabalhadores participam de mobilização nacional contra mudanças propostas pelo Governo Federal que elevam idade mínima para aposentar e acabam com aposentadoria especial para professor e trabalhador rural

IPATINGA – Com concentração na Praça dos Três Poderes, onde começaram os debates públicos e intervenções artísticas, e uma caminhada até a Praça Primeiro de Maio, com panfletagem, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência Pública e contra o Fim da Aposentadoria ganhou as ruas do Centro de Ipatinga. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), subsede de Ipatinga, integrou a mobilização, organizada pelo próprio Sind-UTE/MG em todo o Estado e por entidades sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em nível estadual e regional, além de movimentos sociais.

O ato, com repercussão em todo o País, busca estabelecer um debate com a sociedade e conscientizar sobre os efeitos perniciosos da reforma da Previdência proposta pelo Governo Jair Bolsonaro, sobretudo sobre a classe trabalhadora e sobre os mais pobres. A idéia é conversar diretamente com a população, que demonstrou preocupação com os rumos da Previdência, principalmente, sobre quais as formas de mobilização para barrar a tramitação do projeto e impedir a retirada de direitos.

RESISTÊNCIA

Conforme alertou a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o ato deste dia 22 foi um chamado à classe trabalhadora para reagir contra a proposta de reforma da Previdência de Bolsonaro. De acordo com a CUT Regional Vale do Aço, a proposta é perversa e cruel, pois na prática impedirá muitas pessoas de se aposentarem e reduzirá a renda consideravelmente, pois a aposentadoria com proventos integrais dependerá de 40 anos de contribuição com carteira assinada, uma realidade distante de milhões de trabalhadores e trabalhadoras hoje no Brasil.

Entre as principais perversidades da proposta estão a obrigatoriedade da idade mínima para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 para mulheres, o aumento do tempo de contribuição de 15 para 20 anos e o fim das condições especiais para trabalhadores rurais e professores terem direito ao benefício. A PEC da reforma da Previdência ainda traz a possibilidade de ser implantado o regime de capitalização, em que o trabalhador contribui mensalmente, em uma conta individual, administrada por financeiras privadas.

OUTROS ATOS

Além da mobilização no Centro de Ipatinga, houve uma manifestação no Município de Belo Oriente, onde o Sind-UTE/MG também representa os trabalhadores em Educação da rede municipal de Ensino.

Já em Coronel Fabriciano, foram plantadas cruzes no trevo, simbolicamente demonstrando o sofrimento que a reforma pode trazer ao povo brasileiro. No final da tarde, foram os trabalhadores de Timóteo que se concentraram na praça do Coreto para demonstrarem sua indignação contra a proposta de reforma da previdência imposta pelo governo federal.

Ainda em Ipatinga, no início da noite, a Praça Valdomiro Serafim da Costa, no bairro Bom Jardim, foi palco de um bate-papo e panfletagem contra a Reforma da Previdência. O último encontro foi organizado pela Frente de Esquerda Democrática, e teve a participação do Sind-UTE/MG, subsede de Ipatinga.

A mobilização continuará, com atividades como rodas de conversa, aulas públicas em praças, ruas e escolas, para debater o assunto. Para o Sind-UTE/MG, a adesão da categoria foi significativa e a receptividade das pessoas demonstra que a população está se inteirando do assunto e se posicionando contrariamente. “Além disso, o ato em Ipatinga foi muito representativo, com a participação dos movimentos populares, partidos políticos e movimento sindical”, avalia o Sind-UTE/MG.

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