Policia

Assaltante morre após trocar tiros com policial militar

(Crédito: Jota Passos)

IPATINGA – Um jovem assaltante morreu durante uma troca de tiro com um policial militar nesta quinta-feira (15). Pedro Miguel de Souza Neto, de 18 anos, invadiu um bar na rua Bétula, no bairro Esperança, assaltou o estabelecimento e fugiu, sendo em seguida abordado por um militar. Na troca de tiros, o autor ficou ferido e acabou morrendo.

O policial militar que atirou em Pedro é o cabo Luciano Brandão de Carvalho, de 37 anos, lotado na 82ª Cia PM. O militar disse que estava indo para trabalho quando foi acionado por populares para tentar capturar o bandido.
Luciano foi conduzido à sede do 14º BPM, e o seu revólver Taurus calibre. 38, com 04 cápsulas e uma munição intacta, foram recolhidos e encontram-se na Intendência do Batalhão.

ROUBO AO BAR
De acordo com o relato de duas testemunhas, funcionários de uma empresa de logística, eles foram até um bar no bairro Esperança entregar mercadoria e, quando chegaram ao estabelecimento, não encontraram o proprietário no local.

Os dois entregadores aguardaram dentro do estabelecimento a chegada do dono, quando o rapaz, identificado como Pedro Miguel, entrou no bar com um capacete cor de rosa. Portando uma arma de fogo, apontou para as duas vítimas e exigiu que os funcionários entregassem o dinheiro. Porém, de acordo com o depoimento das testemunhas, a quantia em dinheiro que eles tinham estava com o motorista do caminhão, que aguardava do lado de fora do estabelecimento.

Abordado pelo autor, o motorista entregou o dinheiro e um aparelho celular. Pedro, no entanto, continuou fazendo ameaças, exigindo mais dinheiro e ameaçou matar o motorista, chegando até mesmo engatilhar a arma.
Ainda segundo o relato, quando Pedro visualizou um policial militar passando com uma motocicleta próximo ao bar, ele fugiu com a arma em punho.

PERSEGUIÇÃO
No momento em que o autor fugiu, as vítimas acionaram a polícia e pediram que uma viatura viesse ao local. Durante a espera, os funcionários também avistaram o policial militar fardado que estava em uma motocicleta. Eles fizeram sinal para que o militar parasse e relataram o ocorrido.

O cabo Luciano iniciou a perseguição ao bandido e, ao chegar ao cruzamento das ruas Bétula e Gracíola, o autor parou e se virou em direção ao militar, que alertou para que o bandido não reagisse.

O assaltante então sacou sua arma e retrucou, disparando a arma em direção ao militar. Em seguida, o autor do roubo iniciou uma nova fuga. Alguns metros à frente, Pedro efetuou outros disparos, e o militar escondeu atrás de um poste para melhor defesa.

Já refugiado atrás do poste, o cabo efetuou três disparos, quando percebeu que o bandido tinha caído, e não oferecia mais risco. O militar, ao verificar que Pedro estava ferido, acionou o SAMU. A viatura acionada pelas vítimas do assalto chegou ao local do crime para dar apoio.

Ainda de acordo com o Boletim de Ocorrência, Luciano permaneceu no local do crime, para os procedimentos de praxe. A vítima foi encaminhada ao Hospital Márcio Cunha, mas não resistiu aos ferimentos. O militar não sofreu lesão.

A perícia da Polícia Civil esteve no local, e o revólver utilizado por Pedro durante o roubo, (um Taurus calibre 32, com três cartuchos, sendo dois deflagrados e uns percutidos), foi apreendido. No hospital com a vítima, a PM recolheu um capuz, o dinheiro roubado e um aparelho celular de um dos funcionários que foi assaltado.

Comando aprova conduta
Ipatinga-
“Ele não podia receber os tiros primeiros, para depois revidar”. Com essa afirmação, o comandante do 14º Batalhão, Coronel Edvânio Carneiro, aprovou a conduta do militar em revidar os disparos efetuados por Pedro.

O coronel explica que a ação policial é importante para sociedade. E que no caso do cabo Luciano, ele estava saindo de casa para ir trabalhar, foi acionado por populares que pediam ajuda, perseguiu o bandido, deu ordem de parada e ele não obedeceu e ainda efetuou os primeiros disparos.

“A Polícia Militar se sensibiliza com a dor da família e dos amigos, e é claro que o óbito não era o objetivo, mas a vítima não deu alternativa para o militar, que naquele momento pensou em preservar a sua vida e de toda a comunidade. Foi uma atitude necessária e consciente”, avaliou.

De acordo com o comandante, foi aberto um inquérito, encaminhado ontem para a Justiça Militar. “Eles vão avaliar o caso e julgar, mas a meu ver não houve imprudência”, acrescentou.
O cabo Luciano não foi afastado, e continua realizando suas atividades na PM.

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