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Agnaldo pede mais empenho da Cemig pelo fim da greve

IPATINGA – O vereador Agnaldo Bicalho (PT) pediu mais empenho das empresas Cemig e Ecel para pôr fim à greve dos empregados terceirizados do setor. O pedido foi feito nesta quarta-feira (11) durante audiência pública convocada para discutir a paralisação e seus efeitos na vida do consumidor.
“É preciso uma mudança de postura das empresas terceirizadas da Cemig e da própria Cemig para pôr fim a essa greve”, disse Agnaldo.

Funcionários da Ecel– Engenharia e Construções, maior empresa terceirizada da Cemig no Vale do Aço, paralisaram as atividades desde o mês passado.
Eles denunciam irregularidades cometidas pela Ecel, como más condições de trabalho, assédio moral e falta de pagamento.

A empresa é contratada pela Cemig e é responsável por serviços essenciais de eletricidade, como manutenção de rede elétrica, corte e religação, iluminação pública e novas instalações elétricas.
Agnaldo Bicalho cobrou da Cemig mais rigor na fiscalização de suas terceirizadas.

“Por que a Cemig não fiscaliza mais de perto? A empresa estatal tem que executar seu papel de fiscalizador.”
Ele acredita que os consumidores estão sendo prejudicados com a paralisação por conta da queda da qualidade do serviço. A iluminação pública foi apontada como um dos gargalos elétricos no município.

“Há falta de lâmpadas em vias importantes de Ipatinga”, afirma o parlamentar, que apontou também a queda frequente de energia elétrica, como a que ocorreu em uma das subestações de Ipatinga poucos dias atrás.
Segundo o representante do Sindeletro, Emerson Andrada Leite, a Ecel foi procurada para tentar chegar a um acordo e evitar a greve.

“Há dois meses iniciamos a batalha para acharmos uma solução para os trabalhadores, mas a empresa recusou em negociar. Iniciamos a paralisação porque a situação estava no limite do insustentável”, disse Emerson.
Ele citou um caso em que os trabalhadores ficaram sem água por dias em um alojamento cedido pela Ecel.
“São casos dessa natureza que nos obriga a pedir a intervenção da Câmara Municipal de Ipatinga e do vereador Agnaldo Bicalho para acabarmos com essa pouca vergonha”, desabafou.


Clientes não foram afetados, diz Cemig

Por meio de seu representante, engenheiro Alfredo Carvalho, a Cemig afirmou que o cliente não foi afetado pela paralisação no município e, portanto, não há reclamações pendentes.

Afirmou ainda que a empresa estatal cumpre rigorosamente os termos firmados no contrato com a Ecel e que busca sempre a melhor forma de executar os serviços de manutenção e prevenção.
Garantiu ainda que a Cemig fiscaliza a qualidade dos serviços prestados por suas terceirizadas, assim como o cumprimento da legislação trabalhista.

Já o representante da empresa Ecel, José Igor Nobre, disse que o assunto está sob análise da justiça do trabalho e que “não cabe entrarmos em detalhe no momento”.
Ele reforçou a boa relação entre a Cemig e Ecel, classificando-a como “parceria que está dando certo”.

Ele negou que haja grande rotatividade de empregados na empresa, que foi acusada de perder trabalhadores por conta das más-condições de trabalho. Disse que várias rodadas de negociações já foram realizadas e que a empresa está disposta a pôr fim à paralisação.
Ao final da audiência, o público presente, em sua maioria empregados da Ecel em greve, pôde se manifestar na tribuna.

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