Cidades

Adversários agem com desespero, diz Mendes

Sérgio Mendes (PSB) e Marcelo Afonso (PSD) disseram que movimento feito pelos adversários não interfere na campanha deles    (Crédito: Nadieli Sather)

 

TIMÓTEO – O candidato da coligação ‘Somos todos mais Timóteo’, Sérgio Mendes (PSB), juntamente com o vice Marcelo Afonso (PSD), comentaram na tarde de ontem (11) a sinalização de união entre Geraldo Nascimento (Psol) e Keisson Drumond (PT), seus adversários nas eleições de outubro.
O atual prefeito esclareceu que só convocou a entrevista em função dos pedidos feitos pelos órgãos de imprensa. Mas não poupou críticas ao ‘arranjo político’ que denominou de mistura de “água e óleo”.
“Fizemos nossa campanha desde o início no melhor tom possível, mais da paz. Tenho dito em todas as reuniões que Timóteo precisa de duas coisas: paz e desenvolvimento. Só vamos melhorar se a cidade estiver tomada pelo sentido de paz. O município viveu muito sentimento de guerra e hoje a gente tem tentado fazer uma eleição limpa, tranquila e transparente”, afirmou.
Mendes disse que apesar de ter adotado um tom ameno, seus adversários têm preferido atacá-lo. “Confesso que os nossos adversários têm ficado irritados e usado um tom agressivo. Soltaram panfletos com mentiras, fazendo afrontas, rasgando nosso material e faixas”, declarou.
Além das agressões, o atual prefeito relatou que na última sexta-feira (7) encontrou na esquina próximo a sua casa um trabalho de magia negra. “Tinha um despacho próximo à minha casa, com galinha morta, sangue dentro de um copo, e ainda farinha em uma vasilha. Estão apelando para o pessoal e até extrapolando o espiritual”, comentou.

PROJETOS
O candidato enfatizou que tem feito uma campanha de projetos, preocupado principalmente em levar suas ideias à população no programa eleitoral veiculado em rádio. E ainda apontando o que foi feito pelo município de Timóteo na sua gestão.
“Precisamos avançar nesse sentido, a população precisa de projetos e de discutir o futuro da cidade. Hoje a gente não sabe se nos temos um adversário ou dois. Mas a população saberá muito bem, até porque viu situações muito semelhantes”, colocou.
Sérgio relembrou o episódio vivido nas eleições municipais de 2004, em que o então candidato a prefeito Sebastião Quintão (PMDB) recebeu o apoio do pastor Antonio Carlos (PSC).
“Em Ipatinga, isso aconteceu no quando Sebastião Quintão se juntou ao pastor Antônio Carlos, num momento oportunista, que tornou Ipatinga um caos. Hoje já não temos tempo para isso mais”, observou

CRESCIMENTO
Mendes citou também que sua campanha cresceu consideravelmente nessa reta final. “As nossas pesquisas mostram que o desespero dos nossos adversários não é à toa. Todos os dias as pessoas têm destinado votos à nossa candidatura, e o indeciso têm migrado para nós. Vamos continuar nessa linha do bom discurso e debate. Não vamos ligar para o que eles fizeram. O que eles fizeram o povo saberá distinguir: quem está discutindo projeto e quem está fazendo acordo”, comentou.

CONVENÇÕES
Questionado se em algum momento o PSB conversou com o Psol em busca de apoio, Sérgio Mendes declarou que, durante as convenções, período que antecedeu a política de alianças, chegou a dialogar com integrantes da legenda do seu adversário Geraldo Nascimento.
“Conversamos apenas com o João das Graças, candidato naquele momento. Mas não houve discussão de projetos. Quando vamos para rua, queremos discutir projeto. Temos 12 partidos conosco, não tem nenhum com sentimento de troca ou barganha. Tememos que qualquer negociata poderia comprometer o futuro da cidade, que precisa de avançar na saúde, educação e infraestrutura”, argumentou.

INCOMPATIBILIDADE
O candidato a vice Marcelo Afonso (PSD) disse que não entendeu a atitude dos adversários. “Não é um assunto que afeta a nossa campanha. Mas foi uma posição que criou uma incógnita, se eles estão juntou ou se eles não estão juntos. Ou se eles ainda vão ficar juntos, estou meio confuso”, colocou.
O vice-prefeito especulou que a estratégia dos candidatos do Psol e do PT pode estar querendo preparar a população para uma futura fusão. “Não sei se eles estão querendo preparar a população para ficarem juntos amanhã. Mas a população de Timóteo é muito bem politizada e sabe que a união de água e óleo na química nunca vai dar certo. A gente já considera que existe uma união de água e óleo quando se mistura PT com PMDB. Agora adicionou areia. Essa que é nossa percepção”, ironizou.

“Vamos seguir em paz e pelo desenvolvimento”
Confira trechos da nota divulgada ontem pelo prefeito e candidato à reeleição Sérgio Mendes

“Desde o início do atual processo eleitoral, temos pautado a nossa campanha pela ética e respeito aos cidadãos e cidadãs de Timóteo. Estamos apresentando os resultados de tudo o que fizemos em apenas um ano e oito meses de gestão. Com muito trabalho, esforço e boa articulação junto aos governos do Estado, Federal e a iniciativa privada conseguimos, em pouquíssimo tempo, recuperar a imagem e a credibilidade do município, além de muitos investimentos”.

“Optamos por uma campanha que tem como princípio a verdade. Nossas propagandas são e vão continuar sendo propositivas, o que têm incomodado aqueles que adotaram velhas práticas de fazer política e que tantos prejuízos trouxeram para Timóteo nos últimos anos. Os ataques de baixo nível, injúrias, calúnias e difamações são apenas alguns exemplos dessa forma de fazer política que já foi rejeitada pela população de Timóteo”.

“Sobre o anunciado “Pacto por um governo Democrático-Popular Geraldo Nascimento e Keisson juntos para Timóteo voltar a crescer” das coligações “União de Forças” e da “Frente Trabalho e Cidadania”, divulgado por meio da imprensa, é preciso fazer algumas considerações. A primeira é sobre a incoerência que paira sobre esse pseudo-aliança. No passado recente, o PT ameaçou de expulsão de seus quadros políticos o ex-prefeito Geraldo Nascimento, um dos fundadores da legenda no município por envolvimento em investigações policiais em denúncia de corrupção que culminaram com a prisão do ex-prefeito pela Polícia Federal”.

“Não bastasse os companheiros de partido terem virado as costas quando ele mais precisou, essa reaproximação gera dúvidas e incertezas sobre o futuro. Já não estava clara a aliança entre PT e o PMDB, reconhecidamente adversários históricos em nosso município. A pouco mais de 20 dias para a eleição que decidirá o futuro do nosso município, o anúncio de uma aliança entre o ex-prefeito, agora no PSOL, ao PT e ao PMDB, soa muito estranho, pairando dúvidas e muitos questionamentos por parte da opinião pública”.

“Enquanto os adversários se unem na calada da noite em mais uma jogada de oportunismo eleitoral, nós da Coligação Somos Mais Timóteo, vamos continuar apresentando propostas realistas para o desenvolvimento do município”.

“Enquanto os adversários propõem fazer “Timóteo voltar a sonhar”, nós já arregaçamos as mangas e estamos trabalhando incansavelmente. O resultado está aí, em cada regional, em cada bairro, para quem quiser comprovar. Timóteo já é melhor do que em anos anteriores”.

“Enquanto nossos adversários tentam reviver o passado, nós acenamos com o futuro: com programas que mudaram a cara de Timóteo, como o Bolsa Cidadania, o Cidade Nova, o Senai-Timóteo, o Olho Vivo, o Novo Distrito Industrial, a Regularização Fundiária, a reforma e construção de Unidades de Saúde, o convênio que vai assegurar 100% de água tratada e coleta de esgoto, entre outros”.

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