J.Passos
IPATINGA – Duas pessoas são procuradas acusadas de um homicídio na noite de terça-feira (12) no bairro Bom Jardim. O adolescente Denismar Alves Pereira, 16 anos, morreu a tiros na rua Esporinha em frente ao número 27. A primeira pessoa a ver o corpo foi o pai da vítima.
Um colega da Denismar disse que momentos antes de morrer, a vítima disse que estava esperando um lanche e que enquanto eles estavam no local, passou uma motocicleta com dois indivíduos. A dupla seguiu em direção à rua Carolina e depois teriam retornado.
O carona sacou uma arma e efetuou vários tiros em direção a Denismar, que mesmo ferido correu próximo de um matagal na Rua Zunia. Testemunhas ainda disseram que dois indivíduos estavam em uma motocicleta de cor cinza ou prata, que faltava a carenagem traseira e que ambos usavam capacete de cor branca. Os suspeitos não foram encontrados.
“Eles passaram três vezes e já pararam em cima do menino e efetuaram três disparos. Eu corri para um lado e ele (Denismar) caiu no meio do mato. Eu acho que ele foi morto por dívida de droga”, disse uma testemunha.
Denise Alves Godoy, mãe do adolescente morto, estava inconsolável diante da cena do crime e não acreditava que o corpo diante dela era de seu filho. “Oh meu Deus, eu conversei tanto com ele. Pedi tanto. Meu menino”, gritava.
DROGAS
A vítima é de família evangélica. Antônio Godoy, tio do rapaz, disse que o adolescente era usuário de drogas e que dava bons conselhos para o menino, que permanecesse nos bons caminhos. “E o filho que não obedece ao pai e a mãe o final dele é isto: morte ou cadeia. E agora é a mãe que fica assim. Só Deus para confortar o coração dela e a gente como tio também sofre. Agora é deixar pra Deus fazer a justiça dele”, disse o tio.
O pai Geraldo Magela Pereira disse que deu muitos conselhos para que o filho deixasse as drogas. Porém, criticou a forma branda da lei que proíbe aos pais dar uma punição mais rígida aos filhos. “Se eu desse um tapa nele, a polícia vinha e me prendia. Eu não posso educar da minha maneira. A vontade que dá é de estourar os miolos de todo mundo, mas isso não vai resolver nada e muito menos trazer meu filho de volta. Mas, a justiça deveria repensar nessa educação branda. Eu fui educado na forma antiga e sou um homem de bem”, desabafou.
