Policia

Acusado de matar cabo Amarildo, Timirim é absolvido pelo TJMG

DA REDAÇÃO – Foi absolvido no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em segunda instância, Wesley Neves Santos Silva, o Timirim. Ele foi condenado a 19 anos e três meses de prisão, em abril de 2014, em Ipatinga, por participação no homicídio do cabo da Polícia Militar, Amarildo Pereira de Moura. O crime ocorreu em fevereiro de 2013, em Santana do Paraíso. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (18), pelo TJMG. O caso era um dos vários que estavam sendo investigados pelo jornalista Rodrigo Neto, assassinado em 8 de março de 2013.
O advogado de defesa, Elizeu Borges, explicou que entrou com um recurso pedindo a absolvição do condenado, já que, ao votarem nos quesitos da condenação, os jurados não reconheceram a participação do réu no crime. "Entendo que a juíza da época deveria ter encerrado a votação para o Timirim, quando os jurados votaram que não reconheciam o Wesley como o homem que desferiu os disparos na vítima Amarildo. Se ele não participou, então ele não pode ser condenado? Após o júri, entrei com recurso no TJ e por unanimidade eles entenderam a não participação do meu cliente. Agora a sentença irá retornar ao juiz da Comarca de Ipatinga", explicou.
O promotor de Justiça Bruno Giardini, que representou o Ministério Público no dia do julgamento, disse que da decisão cabe recurso. Giardini explicou que apesar da absolvição, Timirim não será solto, já que ele foi condenado por outro homicídio em maio de 2014, e também responde por outros crimes.

O CASO
Segundo as investigações, o policial foi morto enquanto seguia para um sítio no bairro Bom Pastor, em Santana do Paraíso. Ainda de acordo com o processo, Timirim e Daniel Watson ficaram escondidos, à espera do militar.
Quando o cabo, pilotando uma moto, chegou ao local, Timirim e Daniel atiraram várias vezes contra ele, que caiu morto. Em seguida, eles fugiram.
As investigações apontam ainda que o assassinato do cabo Amarildo estaria relacionada a uma vingança, baseada na suspeita do envolvimento do militar no homicídio do pai de Timirim.
Em uma audiência sobre o caso no ano passado, realizada no fórum de Ipatinga, Timirim conseguiu o relaxamento de prisão e ficou alguns dias em liberdade, mas o acusado acabou detido por um outro mandado de prisão.

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