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‘Acordei com a cama balançando’, diz brasileira que mora na Itália

Vista aérea de Amatrice (a 140km de Roma), uma das cidades mais afetadas pelo tremor
(Créditos: Gregorio Borgia/Associated Press)

BRASÍLIA – A brasileira Alessandra Ribeiro, que mora em Cesenatico, na região de Emília-Romanha, relatou à Agência Brasil os momentos de tensão que passou ao ser acordada de madrugada por causa do terremoto de 6,2 graus de magnitude que atingiu a região central da Itália ontem (24), provocando a morte de ao menos 159 pessoas, e 368 feridos, de acordo com dados confirmados pelas autoridades até o fechamento desta edição.

Apesar de estar a cerca de 150 quilômetros (km) do epicentro do tremor, registrado a 2 km da cidade de Accumoli, Alessandra, de 50 anos, contou que ela e sua família levaram um susto por volta das 3h30 da madrugada, quando acordarem com as camas chacoalhando.

“Acordei com a cama balançando, pois aqui eram 3h36 da manhã de hoje (ontem) aqui na Itália. Imagino como foi lá na região”, disse ela, que é casada com um italiano e tem dois filhos, de 20 e 17 anos. “Terrível” foi a palavra que usou para descrever a sensação de despertar em meio ao tremor. Diversas pessoas passaram o resto da noite de pijama nas ruas.

VÁRIOS TREMORES

Há 16 anos na Itália, Alessandra disse ter diversas memórias de tremores na região, mas que o desta terça-feira foi um dos mais fortes terremotos de que consegue se lembrar. Ela recordou de como a cidade de Áquila, na mesma região, também ficou destruída em 2009, com a morte de mais de 300 pessoas.

“São casas muito velhas, geralmente feitas com materiais antigos, como pedras e muita coisa antiga, que geralmente não aguentam esse tipo de terremoto. É por isso que a cidade acabou toda”, disse ela sobre as características das construções na região em que mora e, mais especificamente, em referência à Vila de Amatrice, onde houve o maior número de mortes confirmadas até o momento.

Um número ainda não especificado de pessoas continua sob os escombros. Diversas estradas foram obstruídas por pedras, o que dificulta os trabalhos de resgate. Algumas localidades também tiveram suas instalações hospitalares inutilizadas.
*Com informações da Agência Ansa

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