Policia

100 dias da morte de Rodrigo Neto serão lembrados em manifestação

Jornalista foi cruelmente assassinado há três meses; delegado responsável pelas investigações disse que silêncio da PC será mantido

IPATINGA – O Comitê Rodrigo Neto prepara para a próxima terça-feira (11) um novo ato que irá lembrar os 100 dias da morte do jornalista e radialista que foi executado a tiros dia 8 de março deste ano. O grupo havia realizado uma manifestação quando o assassinato completou um mês. Na ocasião, parentes e amigos de Rodrigo, além de dezenas de jornalistas, pediram por justiça nas ruas do Centro de Ipatinga.

Dessa vez, o ato acontecerá no local do crime: a avenida Selim José de Sales, na altura do número 1000, em frente ao Churrasquinho do Baiano, de onde Rodrigo saía antes de ser morto. Durante reunião realizada na tarde desta quinta-feira (6), os integrantes do Comitê decidiram pelo protesto e também pela retomada das ações de cobrança por resposta para este e também outros crimes ocorridos no Vale do Aço.

SOCIEDADE
Marcelo Luciano da Costa, membro do Comitê, acredita que o protesto servirá para cobrar respostas das autoridades que estão investigando o crime. Ele também convidou a sociedade do Vale do Aço para participar da manifestação, pois acredita que a solução para este crime interessa a todos.

“Queremos o retorno positivo sobre a morte do Rodrigo Neto, pois ele era um jornalista que cobrava respostas de várias execuções que foram feitas no Vale do Aço e que acabaram caindo no esquecimento. Vamos para as ruas, de blusas pretas representando o luto, velas acesas e cruzes nas mãos, com objetivo de pedir agilidade nas investigações”, diz Marcelo Luciano.

SILÊNCIO
A reportagem entrou em contato na tarde desta quinta-feira (6), com delegado Wagner Pinto, responsável pelo Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), em Belo Horizonte, que está cuidando do caso Rodrigo Neto, para questionar o andamento das investigações.
Wagner disse que o silêncio por parte da PC será mantido. Segundo o delegado, manifestar neste momento poderia atrapalhar o sucesso das investigações.

“Não podemos abrir o teor das investigações, pois isso seria um tiro no pé. Esse caso é complexo e requer muita cautela por parte da polícia. O que eu posso dizer e que já temos uma linha investigativa e estamos fazendo isso de uma forma contundente e profissional. Enquanto não tivermos uma resposta completa para sociedade, nós não vamos manifestar. O silêncio será mantido”, relatou.

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